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terça-feira, 5 de julho de 2011

Os moleques, as mulheres e os marmanjos...Seleção Brasileira em campo

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Não é segredo a paixão do brasileiro pela sua seleção de futebol. Mesmo aqueles que não acompanham tão de perto o esporte, param pra ver a equipe canarinho em campo. Neste domigo tivemos a oportunidade de acompanhar três partidas envolvendo nossas seleções, a sub-17 e feminina que estão jogando as respectivas copas do mundo, e a seleção principal pela copa América.


Molecada bem


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O correto seria começar pelo time feminino, afinal, primeiro as damas, mas vou mudar um pouquinho e começar pela molecada do sub-17.


Um time leve, muito bom tecnicamente e que tem Adryan como camisa 10 e grande destaque,e o matador Ademílson.


Como disse, é um time leve e que apresenta um jogo veloz, de boa movimentação dos homens de frente. Assim foi muito bem no jogo contra o Japão abrindo uma diferença de três gols e a partir daí relaxou no jogo. Aliás relaxaram até demais, contra um Japão forte, que vinha com uma ótima campanha no mundial até então e que diminuíram a diferença para 3x2, e quase empataram no finzinho do jogo.


Uma falha de marcação e duas falhas em sequência do goleiro Charles, que é muito bom, mas vacilou ao ceder o escanteio e errar a saída na cobrança do mesmo, deram um tom dramático ao jogo. Acredito que tenha sido um susto numa hora boa, já que mesmo assim o Brasil se classificou, e certamente utilizará este jogo como aprendizado. A seleção pega o Uruguai (olha ele aí de novo) pela semifinal da copa.


Marta decidiu, mas seleção ainda não convenceu.



Outra seleção que entrou em campo foi a feminina, pela segunda rodada da primeira fase da copa do mundo, que junto com as olimpíadas é o grande sonho desta equipe.


No primeiro jogo o Brasil foi muito mal, muitas falhas defensivas, péssimo na construção das jogadas, e a principal estrela sem brilho. Mesmo assim "achou" um gol e venceu a partida.


Neste segundo jogo, as meninas se apresentaram melhor, já sem o nervosismo da estréia e com a possibilidade de se classificar por antecipação permitiram que o time se soltasse mais.


Marta, voltou aos dias de Marta e abriu o placar com um golaço polêmico pois empurrou a adversária no inicio da jogada, mas que não tira o mérito nem a beleza do lance, e facilitou o controle do jogo em diante.brasil_comemoracao_afp_60.jpg


Com 1min do segundo tempo Marta fez mais um e "matou" a Noruega, que tentava se lançar ao ataque, e em mais uma jogada de Marta o Brasil fez o terceiro com Rosana.


O jogo não foi difícil é verdade, mas ainda assim não foi uma atuação sólida, em que o time parece estar totalmente ciente das ações que irá tomar. A meu ver foi um resultado construído pelo talento individual de algumas jogadoras que podem desequilibrar,mas a defesa continua errando, principalmente posicionamento, e são raras as jogadas de ataque trabalhadas, com movimentação e troca de passes.


Ainda não consigo entender o 3-4-3 utilizado na seleção, invertendo de lado as laterais de oficio Rosana e Maurine, a primeira se apresentando meio perdida em campo e a segunda bem discreta para a qualidade que tem.


Outra questão é a Érika como zagueira. É uma jogadora versátil, de muita técnica e que talvez fosse melhor jogar adiantada no meio campo, e dar lugar a uma zagueira de oficio que pode facilitar a organização do sistema defensivo que anda batendo cabeça.


De qualquer forma o Brasil continua entre os favoritos e tem qualidade para chegar à final,mas precisa melhorar, corrigir alguns erros que não podem acontecer em eventuais confrontos com EUA ou Alemanha.


0ºC, 0x0, e pros marmanjos nota....


Em La Plata, a tão esperada estréia da seleção principal com Pato, Ganso, Neymar e Robinho.


Durante toda a semana, esperava-se que seria apresentação de um time habilidoso e ofensivo, mas a história não foi bem assim.


O Brasil começou bem o jogo, atacando, tentando envolver os venezuelanos, mas usavam de muitos toques e dribles nem tão necessários assim, e pouquíssimas finalizações. Meio complicado fazer gol sem finalizar. Pato até acertou uma bola na trave, e Robinho quase marcou numa bola salva quase em cima da linha pelo zagueiro, mas foi só.


Ganso não conseguia destribuir bem as jogadas, errando muitos passes que normalmente acertaria, Neymar teve alguns lampejos, mas foi bem abaixo da expectativa, e Robinho jogando quase como um veterano, ter deixado a bicicleta em casa e já não pedala faz tempo.


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O segundo tempo foi ainda pior, pois a seleção fez exatamente o inverso do que deveria. Ao invés de jogar aberto pelos lados do campo e espalhar os defensores adversários, afunilou e tentou jogar pelo meio, o que facilitou ainda mais a marcação venezuelana.


Além disto, a equipe ficou ainda mais lenta com a entrada de Fred, que não possui tanta mobilidade quanto Pato, e por isso foi pouquíssimo acionado.


Mesmo assim, ainda acho o grupo bastante forte, e vale ressaltar que a Venezuela não fez nenhuma questão de atacar, o que também forçou uma diminuição do ritmo do jogo por parte da nossa seleção, se houvessem mais possibilidades de contra-ataques talvez o Brasil conseguisse impor um ritmo mais rápido ao jogo. Explica mas não justifica a atuação medíocre.


Mais uma vez, o grupo é forte sim, e pode se apresentar bem melhor do que isto nos próximos jogos, esperamos que nossos craques desencantem e que finalmente o time jogue bem e vença de maneira convincente as próximas partidas.



Rodrigo Monteiro






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