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sábado, 16 de julho de 2011

Será que é Azar???

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Bom, mais uma vez o texto de hoje trata do futebol feminino, pois mais uma vez a nossa seleção não conquistou o titulo da Copa do Mundo, caindo nas quartas para os EUA.


Mas por que será que o Brasil não consegue vencer as partidas decisivas contra os principais adversários como EUA e Alemanha? Será que é azar?


Segundo o nosso dicionário Aurélio, azar pode ser definido como fatalidade, acaso... E por acaso os EUA tem a liga de futebol feminino mais forte do mundo, seguida pela Alemanha, e o Brasil?


Lá as meninas têm facilidade de praticar a modalidade desde cedo na escola, em aulas e treinamentos exclusivos para meninas. Por acaso no Brasil, são raríssimas as escolinhas com turmas especificas para meninas, assim, as meninas quando bem novas até podem participar de torneios com os meninos pois as diferenças no aspecto físicos ainda não são tão grandes, porém conforme vão aumentando de categoria, a maioria das competições não apresentam a categoria feminina, fazendo com que muitas meninas abandonem a modalidade ou continuem, porém sem vivenciar a experiência do jogo.


Por acaso, todos os profissionais envolvidos com o futebol feminino nestes países são reconhecidos e remunerados de forma justa, podendo viver exclusivamente da modalidade e necessitando um aperfeiçoamento constante para manutenção do nível de desempenho das equipes.


No Brasil por acaso, a maioria das pessoas que trabalha com futebol feminino são pessoas de boas idéias e intenções, porém nem sempre com o preparo adequado, ou conhecimento dos aspectos fisiológicos, técnico- táticos, psicológicos e administrativos que se exige de uma equipe de rendimento.


Digo isto com a propriedade de vivenciar tudo isso na prática, não à toa toco tanto neste assunto. Uma vez que procuro dentro da minha atuação na modalidade, incutir o profissionalismo que se espera neste nível de esporte.


Por acaso sim, temos a melhor jogadora do mundo, e que talvez seja a melhor de todos os tempos, e por acaso também temos a segunda melhor do mundo e uma boa geração de jogadoras de uma maneira geral. Que merece muito respeito pelas coisas que conquistaram,mesmo que os títulos mesmos tenham ficado apenas no "quase".


Geração que provavelmente veremos atuar até os 37,38, 40 anos já que por tudo que foi dito anteriormente, fica difícil revelar jogadoras jovens com as mesmas capacidades e promover uma renovação sólida, com planejamento e sabendo aonde pode chegar e o que pode conquistar.


Depois de tudo isso, podemos ainda pensar que conquistar duas medalhas de prata nas olimpíadas e um vice campeonato mundial é uma fatalidade, é azar?



Rodrigo Monteiro


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