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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Libertadores,Uruguai,Neymar,River...O futebol sul-americano

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Depois do feriado voltamos para falar do que aconteceu de mais importante durante a semana. Destacamos duas partidas no futebol sul-americano, a final da libertadores e a repescagem no campeonato argentino.


No meio da semana Santos e Peñarol reeditaram a final de 62. Reeditaram a final e o resultado, afinal naquela ocasião o Santos também se sagrou campeão da Libertadores.


Na ocasião o peixe era comandado por Pelé, e no ano seguinte conquistaria novamente a competição.


Desta vez, o astro da companhia é Neymar, que dispensa maiores apresentações e que não cabe nenhuma comparação com o rei. Mas a pressão pelas conquistas sobre Neymar e esta molecada são inevitáveis e os meninos da vila parecem corresponder à expectativa.


São dois paulistas, uma Copa do Brasil e agora o maior título que é a Libertadores, faltando na lista apenas o brasileirão.


Isso tudo é fundamental para constatação da qualidade do grupo e principalmente de Neymar e Ganso, de quem mais se espera e mais se cobra neste time. Falta aos dois apenas o sucesso nos gramados europeus para que se firmem definitivamente entre os grandes craques do mundo. Acredito que rapidamente alcançaram o destaque merecido a nível mundial e que nossa seleção estará bem servida com os dois para os próximos anos.


Sei que o que disse acima não é nenhuma novidade, por isso quero destacar na verdade a presença do Peñarol nesta final, comprovando mais uma vez que o Uruguai está voltando a ser protagonista no futebol sul-americano.


Já havia ressaltado isto após a classificação do mesmo para as olimpíadas, e é fundamental lembrar do ótimo desempenho na ultima copa. O Uruguai vem com uma safra boa de jogadores como Cáceres, Suarez e Cavani, sem contar com os experientes Lugano, Abreu, Fucile e Forlan.


Torço para que não seja apenas um bom momento, que o Uruguai volte de vez ao grupo das maiores potências do futebol mundial.



Tragédia Monumental


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Situação inversa vivem os argentinos, nem tanto com a sua seleção, mas com o seu campeonato nacional, que nos últimos anos vem sofrendo com as dificuldades financeiras dos clubes gerando sucessivas greves e interrupções na competição.


Fora que Boca e River, ultimamente sequer estão se classificando para a libertadores, e este último sofreu a maior tragédia dos seus 110 anos de existência. Neste domingo o River Plate, maior campeão argentino foi rebaixado para a segunda divisão em pleno Monumental de Nuñez.


No Brasil é mais difícil entender o que isto representa, pois temos vários times grandes, do mesmo nível então as torcidas são mais divididas e mesmo quando uma equipe grande cai o campeonato continua forte com as outras equipes. Mas este rebaixamento do River, pode ter conseqüências maiores para o campeonato argentino, um dos motivos simplesmente é o fato de não ocorrer o clássico com o Boca Jrs. que certamente tem grande audiência pelos meios de comunicação. Acredito que as demais equipes devem sentir o reflexo disso de alguma maneira, mas pelo tamanho que tem o Ríver deve se recuperar em breve e se reestruturar para voltar às glórias.


O Estudiantes foi recentemente campeão da Libertadores, mas me parece viver ás custas de Verón que já não é mais um menino, e que não apresenta mais um nível suficiente para conduzir sozinho a equipe aos títulos.


O Velez, campeão argentino este ano tem um time muito bom, melhor até que o Peñarol e se esperava que chegasse a final da Libertadores. Mas como venho dizendo, talvez os momentos futebolísticos de Uruguai e Argentina são opostos e podem de uma certa maneira terem feito a diferença no confronto entre os dois.


Por mais que a seleção argentina tenha grandes jogadores como Agüero, Tevez e um tal de Messi, a equipe principal não ganha um título há algum tempo. Depois da copa de 90 quando foram vice- campeões, os hermanos sequer passaram das quartas nas copas seguintes. Aliás, quase não se classificaram para a última, e foram eliminados com uma goleada aplicada pela Alemanha.


Jogando a Copa América em casa, podem voltar a levantar uma taça e recuperar o rumo das vitórias . É esperar pra ver.


Rodrigo Monteiro





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