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quinta-feira, 7 de março de 2013

Futebol da semana

Caros amigos, Após um fim de semana cheio de emoções no futebol carioca, onde pudemos ver a soberba do tricolor perdendo para a insistência cruzmaltina, o raio caiu novamente no mesmo lugar menos de 4 dias depois. Quanto a qualidade do elenco do Flu, é realmente inquestionável, pois tem ao menos dois jogadores competitivos em cada posição e ainda tem o luxo de contar com jogadores de altíssimo nível como Deco, Wellington Nem e Fred, além do treinador que respeito muito pela sua trajetória profissional. Entretanto, devemos recordar que Taça Libertadores é um campeonato muito difícil. Difícil de chegar e de disputar. Não é por jogar contra uma equipe sem tradição que deve-se esnobar e entrar pra jogar em clima de já ganhou. Outra coisa, como iniciei esse artigo, o jogo de sábado contra o Vasco da Gama deveria servir de exemplo aos tricolores, pois mesmo com uma equipe tecnicamente superior, não conseguiram sair vitoriosos. É como se escuta no meio do futebol: “a bola ensina”, mas quando procuramos desculpas para a derrota, não aprendemos nada e perdemos novamente. Permitam-me citar o campeonato de verdade. No meio de semana temos o privilégio de contemplar talvez o único futebol do mundo que é de verdade. A liga dos campeões da Europa. Os campos são de verdade, os torcedores são de verdade, os estádios são de verdade, os jogadores são de verdade, os técnicos são de verdade e a disputa é bonita e dá gosto de se ver. O Real Madri, que empatou em casa com o Manchester United no primeiro jogo das oitavas, foi até a Inglaterra sabendo de sua difícil missão e entrou disposto a reverter a vantagem do United. Vejo na Europa jogadores com os melhores salários do mundo que entram em campo com muita garra, mas acima de tudo, com muita determinação tática. Nesse jogo, a equipe do Manchester United foi prejudicada por uma interpretação do árbitro em uma entrada faltosa do Português Nani, que acabou expulso, facilitando assim a virada do time merengue, assim como nas semi finais da taça Guanabara no Rio, onde o árbitro interpretou alguns lances capitais do jogo, prejudicando a equipe Rubro Negra. Árbitros erram e vão errar sempre. Mas o que é passível de discussão no futebol não são os lances que não aconteceram, mas o que cada equipe realizou efetivamente durante o jogo. O botafogo foi muito efetivo na marcação, isso é extremamente positivo, assim como o flamengo fez nos dois clássicos da fase classificatória. Mas quem sai na frente tem a vantagem de abdicar de jogar, de tentar o gol e procurar os contra-ataques, assim como o Botafogo fez no jogo de domingo. Fez um gol relâmpago e obrigou o Flamengo a criar, o que convenhamos, não é o forte do Flamengo nem do seu treinador. Assim é o futebol, se tivermos mais vinte jogos desses um nunca será igual ao outro. Destaco também as torcidas que se empolgam em se gabar de seus times, mas tem ido muito pouco aos estádios.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Blog de volta à ativa

Caros amigos, Esse espaço foi criado pensando continuar as discussões iniciadas nas salas de aula do UniFOA - Centro Universitário de Volta Redonda nas disciplinas de Fisiologia, Futebol e Treinamento Desportivo. Para tal, postamos alguns arquivos que pensamos ser importantes como material de apoio ao desenvolvimento dos conteúdos previstos nas ementas das referidas disciplinas. Tenho notado, porém que os alunos deixam poucos comentários. Insisto, o ensino vai além do que os alunos denominam "matéria", testes, provas ou outras burocracias. Analisar, criticar, sintetizar, relacionar são alguns dos verbos imprescindíveis à busca do conhecimento. Devemos exercitar emitir uma opinião embasada em uma lógica ou teoria sobre um determinado fenômeno. Após um período longo de inatividade, o blog FISIOLOGIA DO FUTEBOL estará de volta com artigos contemplando os amantes do Futebol e da Ciência.... conto com a participação de todos... Grande Abraço. Professor Daniel.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Músculos: Estruturas e Contração

O músculo estriado esquelético é formado por um conjunto de células alongadas,paralelas e justapostas, chamadas também de fibras musculares.

Estas apresentam-se agrupadas em fascículos, agrupamento este, de acordo com o seu tipo (I-resistência e II-força).

Encontramos no músculo camadas de tecido conjuntivo que envolvem as fibras, os fascículos e uma que envolve toda essa estrutura. São elas, endomísio, perimísio e epimísio, respectivamente. A primeira, muito importante, por funcionar como um isolante para a  fibra muscular, fazendo com que o estimulo para a contração atinja de forma isolada cada uma das fibras.

Isto permite o que a força seja aplicada de forma proporcional à resistência a ser vencida, ou seja, para levantar uma folha de papel necessita-se de menos fibras do que para levantar uma cadeira por exemplo. Devido à este isolamento, cada fibra é conectada a um neurônio.


As fibras musculares, são multinucleadas, e sua membrana plasmática é chamada de sarcolema. Encontramos no sarcoplasma (citoplasma da célula muscular) várias miofibrilas formadas por um conjunto de uma estrutura chamada sarcomêro, que é a unidade funcional do músculo.

É nos sarcômeros que encontramos as proteínas responsáveis pela contração muscular: actina,miosina,troponina e tropomiosina.

A actina se caracteriza como um filamento duplo de proteínas globulares, como se fosse um colar de pérolas retorcido, já a miosina, um filamento com duas cabeças em formato de hélice na extremidade. A tropomiosina é um filamento fino que circunda a actina, e a troponina, composta por três proteínas globulares.

Estas apresentam padrões em relação a sua disposição dentro da miofibrila. Para cada miosina (filamento grosso), temos seis actinas (filamento fino) em volta, é o padrão hexagonal. Já na relação inversa, cada actina possui três miosinas ao seu redor, formando o padrão triangular.



O processo de contração muscular se dá através de dois momentos principais,  a excitação e a contração.

A primeira se dá a partir do momento em que o estimulo chega até o neurônio motor, que libera a acetilcolina na junção neuromuscular, onde esta se acopla ao receptor presente no sarcolema e permite a abertura dos canais de sódio que irão despolarizar a fibra.

Quando a onda de despolarização atinge os túbulos T, há a liberação do cálcio armazenado no reticulo sarcoplasmático. Os íons Ca++ se acoplam à troponina, fazendo com que a tropomiosina seja tracionada, liberando assim os sítios ativos, permitindo o encaixe das cabeças de miosina na actina. Uma vez que isto ocorre, é necessário que uma molécula de ATP seja “quebrada” pela miosina para que a energia desta permita que as cabeças da miosina tracionem a actina, causando o encurtamento das linhas Z do sarcômero, ocorrendo assim a contração.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Transporte Através de Membrana


Como já vimos anteriormente, a membrana celular é composta por uma bicamada lipídica que também contém uma certa quantidade de proteínas incrustadas entre os lipídios.

Esta membrana regula os movimentos das substâncias entre o meio intra e extracelular, assim algumas substâncias atravessam com maior ou menor facilidade entre um meio e outro.

Por se tratar de uma membrana formada a partir de gordura, substancias lipossolúveis como alguns hormônios, e O2 por exemplo, ultrapassam com facilidade. Já as hidrossolúveis, têm dificuldade uma vez que água e gordura não se misturam.

Ao longo da membrana, como dito anteriormente, existem proteínas que funcionam como alternativa para o transporte de substancias, e canais aquosos que são espaços abertos na membrana celular.

Nestes canais aquosos, permitem um livre movimento de íons e água entre o meio intra e extracelular. Já as proteínas, podem se apresentar como proteínas de transporte, e de canal ou comportas. Estas proteínas são seletivas em relação às moléculas que podem ser transportadas por cada uma delas.

Proteínas de transporte - Se ligam à molécula a ser transportada, sofrendo alterações estruturais que transportam a molécula entre os dois meios.

Comportas - Estas se abrem permitindo o movimento das substancias entre os dois meios.

As formas de transporte através da membrana se divide em dois tipos principais: Transporte passivo ou difusão, e transporte ativo.

O transporte passivo, não envolve gasto energético, e pode ser dividido em difusão simples ou facilitada, e ocorre um movimento à favor do gradiente de concentração. Ou seja, do meio mais concentrado para o meio menos concentrado.

*Difusão simples- ocorre sem a necessidade de uma proteína transportadora, utilizando os canais aquosos.


*Difusão facilitada: precisa da interação com uma proteína transportadora de moléculas e íons, que se une quimicamente e os lança através da membrana.

Já o transporte ativo apresenta gasto energético,isto porque uma das substancias transportadas será movimentada contra seu gradiente de concentração, ou seja do meio menos concentrado para o meio mais concentrado. Este divide-se em primário e secundário.

Transporte Ativo Secundário (Co-transporte): O co-transporte é um mecanismo de transporte ativo através do qual uma substância é transportada contra um gradiente eletroquímico, aproveitando a "carona energética" de uma outra substância que é transportada a favor de seu gradiente eletroquímico, ambas sendo transportadas no mesmo sentido.


Transporte Ativo Secundário (Contra-transporte): O contra-transporte é um mecanismo de transporte ativo através do qual uma substância é transportada contra um gradiente eletroquímico, aproveitando a "carona energética" de uma outra substância que é transportada a favor de seu gradiente eletroquímico, sendo as duas substâncias transportadas em sentidos opostos.

Transporte Ativo Primário (quebra de ATP) (Bomba de Sódio-Potássio): processo de transporte que bombeia os íons sódio para fora através da membrana celular e os íons potássio de fora para dentro, para a manutenção das diferenças de concentração entre ambos e para o estabelecimento da voltagem elétrica negativa para dentro das células. Ela cria um potencial elétrico através da membrana, deixando positividade fora da célula e negatividade no interior dela. Este transporte é realizado contra os gradientes de concentração destes dois íons, o que ocorre graças à energia liberada com a quebra de ATP (transporte ativo).