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Nos últimos vinte dias o mundo da bola parou para assistir os quatro confrontos entre Barcelona e Real Madrid. Os dois primeiros pelo campeonato espanhol e copa do rei já foram comentados aqui enquanto aguardávamos os confrontos mais importantes destes quatro, que foram as duas partidas pelas semifinais da liga dos campeões da Europa. Vamos a eles então.
Com um empate e uma derrota nos primeiros confrontos, parecia que definitivamente Mourinho tinha conseguido descobrir um antídoto contra os catalães, e com isso, foi criada uma pequena desconfiança sobre as possibilidades do Barça eliminar o Real.
Porém, como de costume, Mourinho utilizou as entrevistas coletivas para fazer declarações provocativas, na intenção de obter alguma vantagem psicológica sobre os rivais, o que normalmente acontece pois a maioria dos treinadores evitam as polêmicas ainda mais quando o treinador português está envolvido.
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| Mourinho e Guardiola trocaram farpas durante as coletivas |
Mas em um time que dentro de campo beira a perfeição, seu treinador foi perfeito fora dele. Rebateu criticas, afirmando que não mudaria o estilo de jogo, e não se intimidou diante das palavras de Mourinho e demonstrando grande confiança na sua equipe.
Certamente esta postura contagiou os jogadores do Barça, que talvez estivessem com o moral menor que os adversários naquele momento.
Com o primeiro jogo acontecendo no Bernabeu, esperava-se uma postura mais agressiva do Real. Afinal, era um consenso de que se a equipe madrilenha pretendia seguir até a final, deveria fazer o resultado em casa.
Só não avisaram ao Barcelona, que se impôs desde o primeiro instante do jogo, aproveitando a forma defensiva de jogo adotada pelo Madrid. Mais uma vez com três volantes, os homens de frente do Real não ofereciam perigo ao Barça, e como de costume difícilmente tiveram a bola nos pés para criar alguma coisa. Enquanto isso os catalães chegavam com seu toque de bola envolvente, mas o gol não saia.
No segundo tempo a expulsão de Pepe deu liberdade para Messi, que permitiu ao Barça, ser ainda mais efetivo nas suas jogadas. Pedro foi substituído por Afellay, que é mais veloz e habilidoso sendo mais eficiente nas jogadas individuais. Assim o mesmo se livrou de Marcelo e cruzou para Messi abrir o placar.
1x0 e o Barcelona continuava em cima. Com o controle absoluto do jogo, tentavam o gol, que parecia só questão de tempo...e foi. Messi iniciou a jogada no meio-campo e tocou para Busquets que apenas segurou a bola para que o argentino partisse para uma arrancada deixando quatro marcadores para trás e fazendo o segundo gol do Barcelona.
O resultado fez com que Mourinho entregasse os pontos, afirmando que não era possível reverter o resultado no Camp Nou. Ele que também fora expulso no primeiro jogo, não contaria com Sérgio Ramos e Arbeloa suspensos, teria que mudar a forma de jogo uma vez que o resultado não lhe era favorável e não contava com seus “cães de guarda” para segurar o Barça.
Em casa o Barcelona também teve o domínio absoluto, e terminou o primeiro tempo sem ter levado um chute sequer.
Mais uma vez o placar só saiu do zero no segundo tempo. Em jogada começada com o goleiro Valdés, que é extremamente participativo com a bola nos pés, dando por volta de 20 passes durante os jogos, Daniel Alves carregou a bola e tocou para Iniesta no meio que num passe daqueles, deixou Pedro na cara do gol. Marcelo ainda empatou para os merengues, mas já era tarde.
Como dito no primeiro post, não bastava ao Real para o Barça, tinha que parar Messi, e não conseguiu com seus dois gols no primeiro jogo, resolveu a parada para os catalães e cada vez mais grava seu nome entre os maiores de todos os tempos.
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| Messi foi o decidiu o confronto no primeiro jogo |
O Barcelona está na final contra o Manchester United, e pode se sagrar campeão pela segunda vez em três anos.
Rodrigo Monteiro
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